"Pare, por favor. Não me diga
mais nada, não quero saber seu nome, de onde você vem, onde mora ou quem são
suas companhias. Não preciso conhecer sua mãe, nem saber o nome do seu cachorro
predileto que morreu quando você tinha nove anos de idade. Não é necessário que
você me conte a sua cor favorita ou sua comida preferida, conhecimento alheio
vem com o tempo; e quem sabe quantos segundos nós iremos conviver? Não me faça
promessas. Só me fale em felicidade depois que ela já tiver dado um passo
adentro; a gente só sabe realmente se vai chover depois que a primeira gota
cai. Cansei de viver de futuro, a partir de um segundo atrás só quis engolir
presente. E de verdade, agora meu coração pede para que você fique nele.
Por isso, deixe as palavras de lado, se esquece delas, que as benditas só
gostam mesmo de fazer a gente pensar demais e eu também cansei de pensar. Agora
só desejo o agir. Não me diga a que data e a que horas estará aqui, a
expectativa misturada à ansiedade só geram devaneio. Quero ser sua, agora.
Amanhã quem sabe."
Gabriela Furtado
Nenhum comentário:
Postar um comentário