Apagar das Luzes
Era apenas mais um brasileiro,
Que não tinha uma boa moradia;
Ignorado por todos,
Mas amava sua família.
Acordava todo dia,
5 horas da manhã;
Já era bem adulto,
Apesar da pouca idade,
Sonhos... Tinha muitos,
Desejava a felicidade.
Como a vida exigiu,
Amadureceu bem cedo;
Trabalhava todo dia,
Sustentava sua família.
A mãe e o irmão,
É o que lhe sobrou essa hora,
Já passou fome, humilhação;
Nunca pisou numa escola.
Sempre calado,
Parecia conformado;
Com a pobreza e a miséria,
Ele vivia lado a lado.
Eu um raro dia de folga,
Ele saia para a balada.
- Mãe! Volto de madrugada, ele afirmava.
Aproveitar a folga,
Vai à balada e dança;
Se divertir bastante,
Pois a noite é uma criança;
Nem parece que aquele dia, seu futuro já
estava reservado,
Acho que foi Deus, no céu queria a sua
presença;
Deus nunca erra!
Mas escreveu sua sentença.
No outro dia de manhã, ele não tinha
chegado,
E a mãe desesperada, rezava...
Foi então que veio a noticia que ninguém esperava.
O menino que sonhava ser um dia diferente,
Morreu ali mesmo, derrepente;
Com o corpo queimado,
Como toda aquela gente.
235 anjos;
Que hoje se encontram nas nuvens,
Foram embora muito cedo;
Como no apagar das luzes.
Ruan Felipe
Texto em alusão a tragédia em Santa Maria.
Tão triste que nenhum comentário diria o bastante...
ResponderExcluirNada que for dito voltará a acender a luz!
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