domingo, 21 de julho de 2013

Momentos Contrários


Brincando de escrever com outro amigo poeta, lutando contra o tédio entre as aulas na universidade, decidimos fazer um duelo amistoso entre irmãos escritores. Em jogo estava um poema, a habilidade de cada um com rimas e versos, e a felicidade de quem ama escrever. O resultado do embate, diferentemente do que se espera, foi satisfatório para os dois, apresento a vocês esta poesia escrita por um ícone de sabedoria (e molecagem), Luis Pereira, amigo que eu admiro e por este doido que vos fala. Espero que apreciem a nossa brincadeira. A ideia original foi do meu amigo e os créditos são dele, eu apenas acrescentei um pouco do meu estilo a esse corpo numa fusão que rendeu bons frutos.



Momentos Contrários
Na Entrada nada era com eu esperava,
A porta rangia,
E a madeira arranhava,
Nem mesmo o jarro que ficava exposto,
Lá não se encontrava.

Sobre a mesa estava lá,
Um retrato quase apagado,
A visão me traia,
Mas as lembranças me fizeram ver,
Um rosto que ali sorria.

Era como se o destino
Tentasse de volta me levar,
Como se nunca houvesse saído por aquela porta,
E mais uma vez estivesse ela a me esperar.

Tudo aquilo sufocou repentinamente o meu coração,
Os momentos felizes,
Tão contrários a essa minha atual solidão,

Trazendo de volta, imagens tão bonitas.

Os beijos e o calor nas noites frias,
O seu jeito de amor louco,
E tantas outras alegrias.
Era como se estivesse ela a me esperar.

Mas tão logo volta a realidade,
Aquele retrato quase apagado.
Vejo um sorriso que não era o mesmo de outrora.
A alegria vai embora,
E fica somente este homem que a sua falta chora.
Tentando ouvir a sua voz,
Quando nem mesmo as palavras existem,

E aqui fico eu,
Mas é assim que a deixo novamente,
Sem nenhuma explicação,
Com medo de vê-la seguindo em frente,
Ou talvez por qualquer outra razão.

Voltarei sim,
Quando a lembrança de volta me chamar.
Luís Pereira X Pedro Alcino

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