terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lágrimas






Lágrimas

 Alevanta a cabeça e enxuga o rosto,
Dá a volta por cima, sem sofrer;
No momento em que estiver triste e com desgosto;
Lembre-se que lágrimas é o que nunca poderão tirar de você.

Lágrimas nem sempre representam sofrimento e dor;
Inúmeras vezes já chorei nessa estrada;
Nunca deixe alguém te ferir a alma e o pudor,
Ninguém nesse mundo merece uma lágrima sua derramada.

Voz embargada e olhos lacrimejados,
Jamais diminuirão sua vontade de vencer;
Chorar é normal, faz parte da vida;
Às vezes o cair de uma lágrima é uma forma de se fortalecer.

O silêncio de uma lágrima vale mais que mil palavras,
Cair, levantar, tropeçar e se reergui;
A lágrima corre e seca vagarosamente pela face;
Todos que estão chorando hoje, amanhã podem sorrir.

Ruan Felipe

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mastigando Perfeição


Bela Marília
Bela Marília,
Elegante e formosa,
Menina sapeca,
Tu que és filha das rosas.

Bela Marília
Ouça-me agora.
Aqui peço permissão
Pra contar a sua historia.

Bela Marília,
Que já nasceu sorrindo,
Graciosa desde cedo
Era muito amada.

Vivia na terra dos sonhos
E era adorada,
No meio das outras rosas,
Era Ela a mais amada.

Todos queriam vê-la,
Aquela flor sem espinhos,
Sua fama se espalhava
Como a Rosa rara.

Pobre Marília,
O pior está vindo.
Não tomaste conhecimento do mundo lá fora.
O roseiral era muito maior...

Sem espinhos,
Não foi capaz de combater as outras.
Lentamente foi sufocada
Pelas mais afoitas.

Pobre Marília,
Bela Marília,
A perfeição existe?
Não sei.
Mais se um dia ela veio a existir,
Lentamente sofreu e morreu...
Pedro Alcino

Oração - A Banda mais Bonita da Cidade



Meu amor essa é a ultima oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despenca

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe Nós dois

Cabe até o meu amor.

Como vermos Realizados os nossos desejos



Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as folhas secas do jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no gramado.
- João, disse eu sorrindo, que maravilha se você pudesse, só a um desejo seu, ver todas estas folhas, de repente, empilhadas num monte!
- E posso mesmo, disse o velho prontamente.
- Se você pode, vamos ver! desafiei.
- Folhas! Juntem-se todas! disse o velho, numa voz de comando. E lá continuou limpando a relva até que as folhas ficaram juntas num só monte.
Viu? Disse-me, sorrindo - É este o melhor meio de vermos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito.
O incidente calou-me no espírito. Mais tarde, ao estudar a biografia dos cientistas e de todos aqueles cujas obras nos parecem, por vezes, milagres verdadeiramente sobre humanos, descobrí que adotavam geralmente o sistema do velho jardineiro.
Todas as suas realizações resultaram do fato de que estes homens, desejando fortemente chegar a certo objetivo, nunca cessaram de lutar por alcançá-lo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mastigando Ressaca



Ressaca de Amar
Hoje mesmo,
Irei a sua festa de despedida,
Curtirei nossos últimos momentos,
E brindarei sua nova vida.

Não conformado irei beber até cair,
Pelas lembranças serei movido,
E quando me tocar
Ela já terá partido.

Abatido, juntarei nossas lembranças.
Reviverei momentos,
Curtirei a felicidade
Daqueles bons tempos.

Segurando um retrato,
Idealizarei o seu sorriso,
A sua postura torta,
A sua boca – o meu paraíso.

Voltarei ao tempo,
Em que eu a abraçava e a protegia,
Ao tempo que nos seus seios eu dormia.
Quando do seu jeitinho eu ria.

Quando terminar,
Queimarei tudo,
Limparei as lágrimas
E dormirei.

Amanhã ao acordar,
Abrirei as janelas de meu quarto
E enquanto disfarço minha ressaca,
Deixarei que novos raios de sol entrem.
Pedro Alcino

Bomba d'Água no Deserto


Um homem estava perdido no deserto ... grande chance de morrer de sede. Chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto. Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada. Foi até lá, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar.
Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás.
De repente notou que ao lado da bomba havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:
"Amigo, você precisa primeiro preparar a bomba com toda água desta garrafa.
Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir -
A próxima pessoa que passar por aqui precisará dela."
Tirou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. De repente, viu-se num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá do fundo do poço, toda água que quisesse. Ou talvez não.
Que deveria fazer? Encher a velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água velha da garrafa e desprezar a mensagem? Deveria arriscar perder toda aquela água, na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não sabia quando?
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... a bomba pôs-se a ranger e chiar sem fim. Nada aconteceu. A bomba foi rangendo e chiando.
Então, surgiu um fiozinho de água; depois, um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância. Para alivio do homem a velha bomba fez jorrar água fresca, cristalina.
Encheu a garrafa e bebeu ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante.
Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:
"Creia-me, funciona!!!"

Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto por este demandar
tempo, recursos, preparo e conhecimento?
Quantos ficam parados satisfazendo-se com resultados medíocres,
quando poderiam conquistar significativas vitórias???

Moon On The Water - Beck

 
A lua cheia se move...
Gentilmente na noite de um dia bom

Em meu caminho
Procurando um momento com a minha querida.

A lua cheia ondula.
Vagorasamente na superficie do lago

Você estava lá...
Sorrindo em meus braços por todos esses anos.

Que tolo....
Eu não sei sobre o amanhã...
Como ele vai ser.
Ah~

Eu tinha certeza
Não pude ir embora.
Mesmo que eu sinta
O fim.

Antigo caso de amor...
Flutuando como um pássaro descansando suas asas.

Você estava lá...
Sorrindo em meus braços por todos esses anos.

Que tolo....
Eu não sei sobre o amanhã...

Como ele vai ser.
Ah~

Eu tinha certeza
Não pude ir embora.

Mesmo que eu sinta
O fim.

A lua cheia se move...
Gentilmente na noite de um dia bom

Você estava lá...
Sorrindo em meus braços por todos esses anos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Primavera




PRIMAVERA


Primavera, mágica e linda primavera,
enche sua árvores de vida e cor;
que por ser primavera és sempre bela,
presenteando o universo de esplendor.

Primavera de mil faces, mil vidas;
és leve, és harmoniosa, minha primavera,
com tamanha beleza, as vezes corrompidas;
olhando para ela, avisto uma rosa amarela.

Primavera, como descrever primavera,
grandiosa, linda como o cel azul;
olhando os ventos e as flores da janela,
sinto que não vi isso em lugar algum
.
Primavera, quem me dera;
uma nova vida nasce junto dela;
fico pensativo, olhando da janela,
venha ver o que te espera, bela Primavera.


Ruan Felipe

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mastigando Sentimento




Só Sentimento
Andando pela cidade
Como quem renasce
Das cinzas do mundo,
Sai para pesquisar a fundo.

O tema me deixa frustrado
A resposta me deixa sedento.
Mas pra todo canto que olhava
Era só sentimento.

Vi a face dura da verdade,
Vi os olhos serenos da esperança,
Senti as mãos ásperas da maldade,
E as sobrancelhas caídas da vingança.

Vi a flor que brota da saudade.
Os córregos de fraternidade
Que correm pela cidade.
E os lindos vales da caridade.

Mas também vi a teia da ganância.
Enrolando-se fria nas hastes do poder.
Vi o despertar de um sonho,
Um abraço de alma.

Vi um beijo de paixão,
Vi a faca cortante do ciúme,
O vento fresco da tranqüilidade.
E a navalha da democracia.

Vi...
Eu vi...
E era tudo sentimento.
Só Sentimento.
Pedro Alcino

Beck - Follow me



Siga-me

Baby, eu não quero deixar você partir sem acreditar em mim
E eu sempre deixei você livre por todos esses anos passados
Mas você não sabia o quanto
Eu queria acreditar em você

Eu estava ficando em seus ombros trêmulos
Como na brisa mais fria do verão
Por enquanto eu me pergunto
Por que nos estamos aqui
Procurando por uma linha entre amor e amigos, nós estávamos nos perdendo novamente

Eu estava em pé na esquina da rua
Assistindo as rodas girarem livres
Esperando para voltar com os meus pés
Estudando uma linha entre a noite e o dia
Eu estarei me perdendo novamente

Pedro e o fio mágico


Acreditem, vale a pena perder apenas uns minutos para se deliciarem com uma história!
Pedro era um menino muito alegre. Toda a gente gostava dele: a família, os professores e os amigos. Mas ele tinha um ponto fraco. O Pedro não conseguia viver no presente. Não aprendera a apreciar o processo da vida. Quando estava na escola, sonhava em ir lá para fora brincar. Quando estava a brincar, sonhava com as férias de Verão. O Pedro passava os dias a sonhar acordado, sem tempo para saborear os momentos especiais que preenchiam a sua vida. Um dia de manhã, o Pedro estava a passear na floresta próximo da sua casa. Como se sentia cansado, decidiu descansar numa clareira e acabou por adormecer. Passados uns minutos apenas, ouviu alguém chamá-lo. «Pedro! Pedro!», gritava a voz estridente lá do alto. Quando abriu os olhos apanhou um susto ao ver uma mulher de pé à sua frente. Ela devia ter mais de cem anos e os seus cabelos brancos como a neve ultrapassavam, em comprimento, os ombros, como um cobertor de lã. Na mão enrugada, a mulher tinha uma bolinha mágica com um furo no meio, por onde passava um comprido fio dourado.
» Disse ela: «Pedro, este é o fio da tua vida. Se puxares o fio um bocadinho, uma hora passará em segundos. Se puxares com força, vários dias passarão em minutos. E se puxares com toda a tua força, meses, e até anos, passarão numa questão de dias». O Pedro ficou excitado com esta descoberta. «Posso ficar com ele?», perguntou. A velhinha baixou-se e deu ao menino a bola com o fio mágico.
»No dia seguinte, o Pedro começou a ficar irrequieto e entediado, durante as aulas. De repente, lembrou-se do seu brinquedo novo. Assim que puxou o fio um bocadinho, encontrou-se em casa, a brincar no jardim. Apercebendo-se do poder do fio mágico, o Pedro rapidamente se cansou de ser um menino de escola e desejou ser adolescente, com todas as aventuras que essa fase da vida lhe traria. Portanto, pegou na bola e puxou o fio dourado com força.
»De repente, ele era um adolescente, com uma namorada muito bonita chamada Eliza. Mas nem assim o Pedro estava satisfeito. Nunca aprendera a saborear o presente e a explorar as simples maravilhas de cada fase da vida. Em vez disso sonhava em ser adulto. Portanto, tornou a puxar o fio e passaram-se muitos anos num instantinho. Agora, ele transformara-se num adulto de meia-idade. Eliza era sua mulher e o Pedro estava rodeado de um bando de filhos. Mas o Pedro reparou noutra coisa. O seu cabelo, outrora preto retinto, começara a ficar grisalho. E a sua jovem mãe, que ele tanto adorava, tornara-se velhinha e frágil. Mas nem assim o Pedro conseguia viver o presente. Nunca aprendera a fazê-lo. Portanto, tornou a puxar o fio mágico e esperou que as mudanças acontecessem.
»O Pedro viu-se na pele de um homem de noventa anos. Os seus cabelos pretos e grossos estavam brancos como a neve e a sua jovem mulher Eliza também envelhecera e morrera uns anos antes. Os seus queridos filhos tinham crescido e saído de casa, para viverem as suas próprias vidas. Pela primeira vez em toda a sua vida, o Pedro percebeu que não parara para aproveitar as maravilhas de viver. Nunca fora à pesca com os filhos, nem dera um passeio ao luar com Eliza. Nunca plantara um jardim, nem lera um daqueles livros maravilhosos que a sua mãe adorava ler. Pelo contrário, passara pela vida a correr, sem nunca descansar para ver tudo o que havia de bom à sua volta.
»O Pedro ficou triste com esta descoberta. Decidiu ir dar um passeio pela floresta, como costumava fazer em criança, para esclarecer as ideias e consolar o espírito. Ao entrar na floresta, reparou que os pequenos rebentos da sua infância se tinham transformado em imponentes carvalhos. A própria floresta amadurecera e tornara-se um paraíso natural. Deitou-se numa clareira e caiu num sono pesado. Passado um minuto, ouviu alguém chamá-lo. «Pedro! Pedro!», gritava a voz. Ele olhou para cima, espantado, e viu que era precisamente a velhinha que lhe dera a bola com o fio dourado, há tantos e tantos anos. «Gostaste da minha prenda especial?», perguntou ela. O Pedro respondeu sem hesitação. «No início, achei-a divertida, mas agora detesto-a. A minha vida inteira passou-me diante dos olhos sem eu ter oportunidade de a aproveitar. Sim, teria vivido momentos tristes a par com momentos alegre, mas não tive oportunidade de viver nenhum deles. Sinto-me vazio por dentro. O dom de viver escapou-se-me por entre os dedos.» Disse a velhinha:«És muito ingrato mas, apesar disso, vou conceder-te um último desejo.» O Pedro pensou por uns instantes e, depois, apressou-se a responder: «Quero voltar a ser um menino de escola e tornar a viver a minha vida.» e adormeceu novamente. Acordou outra vez com uma voz a chamá-lo e abriu os olhos. «Quem será desta vez?», interrogou-se. E, de repente, viu a mãe junto da sua cama. Era jovem saudável e radiosa. O Pedro apercebeu-se que a estranha mulher da floresta lhe concedera, de facto, o seu desejo e que ele regressara à sua vida anterior. «Despacha-te Pedro. Dormes demasiado. Os teus sonhos vão fazer-te chegar tarde à escola se não te levantares imediatamente», repreendeu a mãe. Escusado será dizer que o Pedro se levantou de um salto, nessa manhã, e começou a viver a sua vida como esperara. O Pedro teve uma vida preenchida, cheia de deleites, alegrias e triunfos, mas essa vida começou depois de ele parar de sacrificar o presente em nome do futuro e decidir viver o momento presente.

Infelizmente, a história de Pedro e do fio mágico é apenas isso: uma história, um conto de fadas. Aqui no mundo real, nunca teremos uma segunda oportunidade para viver a vida na sua plenitude. Hoje é a oportunidade de despertar para o dom de viver… antes que seja tarde demais. O tempo esvai-se realmente por entre os dedos, como ínfimos grãos de areia. Permite que este novo dia seja o momento decisivo da tua vida, o dia em que decides, de uma vez por todas, concentra-te no que é verdadeiramente importante para ti… Para de adiar a tua felicidade em nome da conquista…

O Monge que Vendeu o seu Ferrari.

Estado de coma







Estado de coma


Veja como é dura essa vida então;
Não está dormindo, apesar de parecer;
Médicos entram na sala, vem e vão;
Agora está aí, prestes a morrer.

A família desesperada, segura firme a sua mão,
Às vezes é difícil essa hora, segurar a emoção;
Mais uma vítima da incompetência da sociedade;
Todos esperançosos, parece que estão à espera de um milagre.

Lágrimas tomam conta do ambiente,
Quando recordam o sonho que o rapaz seguiu;
Era o sonho de muitos brasileiros,
De um dia poder mudar o Brasil.

Os parentes vão saindo aos poucos,
Todos se comovem com um sofrimento alheio;
Depois do último adeus então;
É o momento de desligar o aparelho.


Ruan Felipe